Sábado histórico pro esporte brasileiro que iguala ouros do Rio na maior campanha olímpica de todos os tempos

 Um sábado pra lá de histórico para o esporte brasileiro com três ouros históricos que igualam nossa maior coleta dourada na história e faz de Tóquio 2020 a maior e melhor campanha olímpica em todos os tempos.

O bicampeonato de ouro do futebol

Divulgação COI, Stoyan Nemov e Abdallah Amr Dalsh/Reuters, Vincenzo Pinto e Anne Christine Poujoulat/AFP





Respeitem antes de tudo essa camisa pesada. Foi sofrido, mas valeu. O futebol masculino do Brasil se sagrou bicampeão olímpico derrotando a Espanha na prorrogação e mais uma vez o estádio de Yokohama virou salão de festas de nosso futebol como no penta e nos títulos mundiais de clubes. O jogo em si foi sofrido. O Brasil poderia ter aberto o placar quando o VAR confirmou pênalti, mas Richarlison que foi mal o jogo todo isolou a cobrança, mas antes do fim do primeiro tempo Matheus Cunha abriu o placar. Na segunda etapa a Espanha foi pra cima e chegou ao empate com Oyazabal. 

Isaquias finalmente chegou lá

André Durão/ge, AFP e Maxim Shemetov/Reuters



Ele já era o maior medalhista brasileiro em uma só edição olímpica ganhando três medalhas na Rio 2016 e no final da noite de ontem, manhã japonesa Isaquias Queiroz voltou a fazer história conquistando a tão sonhada e desejada medalha de ouro na canoagem de velocidade no C1 1000 m com o tempo de 4m04s408. Quarta medalha olímpica da carreira desse fenomenal atleta que deu a volta por cima depois da frustração de não subir ao pódio no C2 1000 m e a consagração definitiva de um dos maiores nomes do esporte brasileiro em todos os tempos se igualando à Gustavo Borges e Serginho com quatro pódios e colando em Robert Scheidt que tem cinco conquistas. O canoísta demonstrou humildade e dedicou a conquista ao espanhol Jesús Morlan, morto em 2018, o descobridor de seu talento e às vítimas da Covid- 19. Além de ser especial ele ganhou o reconhecimento dos adversários, entre eles seu grande rival, ídolo e amigo Sebastian Brendel que o reverenciou pela conquista, pois o filho de Isaquias é uma homenagem ao alemão que não se classificou pra final da prova. 

Um ouro vindo na bacia das almas no boxe

Fotos de Ueslei Marcelino/Reuters


O segundo ouro do dia veio do ringue. O baiano Hebert Conceição estava perdendo a luta da medalha de ouro para o ucraniano Oleksandr Khznyak que vencia por decisão unânime e partiu pro tudo ou nada no terceiro round e com menos de um minuto encaixou um cruzado de esquerda que derrubou o ucraniano. Nocaute que valeu o ouro, o segundo da história do boxe brasileiro que vem em franca ascensão desde Londres 2012. Nas últimas três olimpíadas foram sete medalhas de nossos pugilistas. 

Getty Images

E em meio às alegrias uma tristeza. O vôlei masculino do Brasil ficou sem medalha. Demonstrando apatia na maor parte do jogo o time sentiu a derrota pro time do Comitê Olímpico Russo na semifinal e perdeu pra eterna rival Argentina por 3 sets a 2 (25/23, 20/25, 20/25, 25/23 e 15/13). Pela primeira vez desde Sydney que o Brasil fica de fora do pódio olímpico onde ganhou dois ouros e duas pratas, por outro lado a Argentina repete o bronze que ganhou em Seul 1988. O ouro ficou com a França pela primeira vez ao derrotar o Comitê Olímpico da Rússia por 3 sets a 2.

O desempenho dos outros brasileiros

Reuters

- Kawan Pereira fez história e terminou a final da plataforma 10 m na 10ª posição. O atleta de apenas 19 anos obteve a pontuação de 393.85

Alkis Konstantinidis/Reuters

- A equipe de saltos terminou a final na sexta posição. O ouro ficou com a Suécia no desempate diante dos Estados Unidos.

Brian Snyder/Reuters


Os Estados Unidos mantiveram a hegemonia no basquete masculino ao conquistar o quarto título seguido e o 16º na história ao vencerem a França na final por 87 a 82. O destaque da conquista foi Kevin Durant que marcou 29 pontos no jogo sendo o cestinha da partida. A medalha de bronze ficou com a Austrália que derrotou a Eslovênia de Luka Doncic por 107 x 93.

Quadro de medalhas

PAÍS
China ChinaCHN38311887
Estados Unidos Estados UnidosEUA363933108
Japão JapãoJAP27121756
Comitê Olímpico Russo Comitê Olímpico RussoCOR20252368
Grã-Bretanha Grã-BretanhaGBR20212263

12º
Brasil
Brasil



 BrasilBRA74819

Click olímpico do dia

Lucas Figueiredo/CBF, Mirian Jeske/COB e Ueslei Marcelino/Reuters




Hoje são três imagens: três imagens de um dia histórico, 7 de agosto de 2021, o dia que o Brasil fez história fazendo de Tóquio 2020 nossa maior olimpíada. O bicampeonato do futebol, o ouro inédito de Isaquias Queiroz e o ouro suado de Hebert Conceição são históricos e o Brasil tem orgulho de vocês. 

Amanhã, último dia das Olimpíadas o resumo do último dia de competições, o balanço dos jogos,  os destaques da campanha brasileira e a cerimônia de encerramento fechando nossa cobertura especial desta olimpíada que vai ficar marcada na história.

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